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Escuro colorido

16 nov

Olá, gente. Tudo bom?

Como eu disse na quarta-feira, a Morte é minha personagem favorita do Sandman. Isso porque ela carrega uma dicotomia muito grande – ao mesmo tempo que ela tem que “fazer seu trabalho”, ela também ama a vida – e dá a vida aos recém-nascidos. É alegre, bondosa e compreensiva.

Por isso, escolhi um esmalte que fosse também assim – escuro, mas colorido ao mesmo tempo. Claro que TINHA que ser um holográfico, né?

Este lindo é o Lizard Belly (adoro este nome hehe), da marca australiana Glitter Gal. Trata-se de um verde bem escuro, praticamente preto, cm uma holografia bem intensa. Foram duas camadas de puro amor ❤

Gostaram, chuchus?

Como já falei muito quarta, o post de hoje vai ser rapidinho.

Beijos!

 

A Morte como melhor amiga

13 nov

Oi, gente. Tudo bom?

Hoje eu vou inverter um pouco os posts. Era para eu postar este texto no sábado, em nossa coluna ETC, mas aconteceu uma coisa muito triste de segunda para terça – meu avô faleceu. Eu tive que ir de São Paulo a Rio Preto super correndo para o velório e acabei não tendo tempo de terminar minhas unhas da semana. Como eu estou com uma ideia caprichada, resolvi deixar essas unhas para o sábado e conversar um pouco com vocês hoje. Espero que não se importem 😉

Bem, revirando meus arquivos de textos, encontrei uma resenha que eu havia escrito láááá em 2008 para uma revista cultural chamada Paradoxo, acho que nem existe mais. Trata-se de meus pensamentos sobre uma coletânea de histórias da personagem Morte, criada pelo Neil Gaiman. Resolvi compartilhar com vocês este texto, pois ele não estava mais disponível por aí. Espero que gostem!

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O fim da vida, para Neil Gaiman, não é um vácuo anti-séptico e nem pode ser representado por um ente medonho vestido com uma capa pesada e carregando uma foice afiada. A Morte pode até ser essas coisas, mas não é só isso. No universo do autor, ela é personificada por uma bela garota que usa maquiagem pesada, roupas pretas e um ahnk – o símbolo da vida eterna –, adora cartolas e, acima de tudo, ama as pessoas. O primeiro ponto forte da publicação é evidente logo na primeira folheada: a arte gráfica explora cores e cenários de forma intensa, quase onírica. No final do livro, há várias projeções da Morte por artistas como Moebius e Dave McKean.

A Morte, por Moebius

Essa coletânea reúne as histórias em que a personagem carismática é a protagonista. A irmã mais velha dos Sete Perpétuos – família completada por Sonho, Desejo, Desespero, Destino, Delírio e Destruição, todos personificados por Gaiman – apareceu pela primeira vez em 1990 no Sandman nº 8 (série protagonizada por Sonho, também chamado de Morpheus). Desde então, ela ganhou muitos admiradores, atraídos por sua tranqüilidade, seu bom coração e seu talento em dissipar qualquer medo do final da vida que boa parte dos seres humanos sentem.

A primeira história, Morte, o alto preço da vida, é introduzida por um texto da cantora Tori Amos – admiradora de Neil Gaiman –, para quem a Morte é a amiga que só aparece em momentos difíceis. E é justamente o que a garota faz nessa primeira história. A cada cem anos, movida por uma curiosidade quase sociológica, ela passa um dia entre os vivos. Nesse dia, ela não realiza grandes feitos, não exibe poderes e sequer procura esconder sua identidade. Em vez disso, faz amizade com um adolescente que quer se suicidar, come cachorro-quente, usa um smile em seu paletó, assiste a um show e promete salvar o coração de uma mendiga de 250 anos. Tudo isso com um imenso sorriso no rosto. De uma forma curiosa, todos gostam da Morte e se sentem realmente próximos dela logo nas primeiras palavras. “Eu conheço todo mundo muito bem”, ela diz. Ao final dessas 24 horas, a Morte deixa a Vida de forma intensa, mas tranqüila, literalmente jogando-se de braços abertos.

A última história, “Morte, o grande momento da vida”, é introduzida pela atriz Claire Danes: “A Morte tem corpo de modelo, roupa de poeta e o sorriso de sua melhor amiga. (…) Ela não está aqui para castigar nem para nos matar, mas sim para nos ajudar a descobrir como viver antes de precisarmos partir”. Aqui, ela aparece como a amiga que ouve e compreende. Faz seu trabalho, mas não tem regras rígidas. Mais do que pôr em jogo as bases do casal formado pela cantora Foxglove e pela ex-chef Hazel, ela as ensina a seguir em frente e mostra que nem todos os problemas são tão relevantes quanto parecem. Afinal, o fim nem sempre precisa ser acompanhado de mau-humor.

Sexta sem o quê

26 ago

Neste sexta sem o que fiquei pensando sobre o que escrever… Minha ideia inicialmente foi escrever sobre moda… Falaria sobre cintos… Mas no meio do caminho, sei lá, desencanei, desencantei, e não quis mais falar sobre isso.

Então na noite de quarta (24/8) durante momentos de insonia, lembrei me de um livro, um que li há muiiiitttooo tempo atrás… quando entrei na faculdade, em 2007, antes de mergulhar no mundo dos livros jurídicos e perder tempo para todos os demais.

Resolvi então escrever sobre A Menina que Roubava Livros, de Markus Zusak. Um livro que, apesar de ter como protagonista uma menina (Liesel), assim como Alice, de Alice no País das Maravilhas, é seu completo oposto.

Já na ambientação você notaria as diferenças entre os locais que vivem as personagens. Enquanto o mundo de Alice é surreal, sendo “todos loucos”, no vilarejo, na Alemanha Nazista, durante a Segunda Guerra, em que esta ambientado o livro de Zusak, as pessoas se agarram ao que lhes resta de sanidade por meio de amizade e companheirismo.

E se você quiser fazer o paralelo entre as estórias, talvez encontre outros pontos (honestamente, acho que de comparação só tem o fato das personagens serem meninas)… Então não percam muito tempo com isso.

O livro é narrado pela morte, e até confesso que, de início, achei que não era nada demais, que as grandes críticas da época haviam sido exageradas. Mas confesso que, conforme fui lendo e mergulhando no mundo, entrando na vida e dia-a-dia daquela menina, escrito de maneira tão envolvente, passei a me sentir parte ( o que geralmente acontece quando leio um livro bom, acabo virando personagem),  e aí então, quando vi todo o desfecho e me vi ali, meio orfã ao final, na última página, entendi o quão fantástica havia sido a narração.

Não pretendo aqui fazer uma crítica, resenha, ou sei lá o que do livro, longe disso, não sou escritora, jornalista, crítica, nem coisa parecida, no máximo pode-se dizer que sou aspirante a advogada. O que pretendo é deixar a dica de uma boa leitura para aqueles que ainda não leram este livro de leitura fluida (excessos de críticas com relação a adjetivos me tornaram temerosa para qualificar aquilo que gosto, portanto se fluida não for bom coloquem qualquer outro adjetivo).